1ª Escola Afro-Brasileira é Inaugurada no RJ com Leandra Leal

1ª Escola Afro-Brasileira é Inaugurada no RJ com Leandra Leal

  • Última modificação do post:17 de outubro de 2024
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A escola afro-brasileira Maria Felipa, inaugurada no Rio de Janeiro, é a primeira instituição educacional infantil do Brasil com uma abordagem trilíngue (português, inglês e libras) e uma metodologia afro-referenciada e decolonial, visando valorizar as culturas afro-brasileiras e promover inclusão, com capacidade para 300 alunos e 600 pré-inscritos para 2025.

A escola afro-brasileira Maria Felipa, registrada pelo MEC, é a primeira instituição educacional infantil deste modelo, inaugurando uma unidade no Rio de Janeiro, no bairro Vila Isabel.

Educação Trilíngue e Metodologia Decolonial

Educação Trilíngue e Metodologia Decolonial

A escola afro-brasileira Maria Felipa se destaca por oferecer uma educação trilíngue, que inclui português, inglês e libras. Essa abordagem não só visa a inclusão, mas também prepara os alunos para um mundo cada vez mais globalizado e diversificado.

Além disso, a escola adota uma metodologia afro-referenciada e decolonial, que busca resgatar e valorizar os conhecimentos e as culturas afro-brasileiras. Essa metodologia é fundamental para a formação de uma identidade cultural forte entre os alunos, permitindo que eles se vejam representados no conteúdo que estudam.

Os educadores da Maria Felipa acreditam que a educação deve ser um espaço de resistência e empoderamento, onde as crianças aprendem não apenas os conteúdos tradicionais, mas também a história e as contribuições dos seus ancestrais. Dessa forma, a escola promove um ambiente de aprendizado que desafia as narrativas hegemônicas e incentiva a reflexão crítica sobre a sociedade.

Com mais de 300 vagas disponíveis para os anos iniciais do ensino fundamental, a escola já conta com 600 pré-inscritos para o ano letivo de 2025, demonstrando a grande demanda por uma educação que valorize a diversidade cultural e a inclusão.

A História de Maria Felipa

A História de Maria Felipa

A escola afro-brasileira Maria Felipa recebeu esse nome em homenagem a uma heroína da independência do Brasil na Bahia. Maria Felipa nasceu na Ilha de Itaparica e era descendente de africanos escravizados do Sudão. Ela se destacou como marisqueira, pescadora e trabalhadora braçal, liderando um grupo de 200 pessoas, incluindo mulheres negras e indígenas, nas batalhas contra os portugueses durante o processo de independência, a partir de 1822.

Maria Felipa foi responsável por ações audaciosas, como a queima de 40 embarcações portuguesas que estavam próximas à Ilha de Itaparica. Sua coragem e liderança foram fundamentais para a luta pela liberdade e pela valorização da cultura afro-brasileira.

Ao nomear a escola em sua homenagem, as sócias buscam não apenas resgatar a memória de Maria Felipa, mas também inspirar as crianças a se tornarem agentes de mudança em suas comunidades, promovendo uma educação que valoriza a história e as contribuições dos seus ancestrais.

Assim, a história de Maria Felipa se entrelaça com a missão da escola: proporcionar uma educação que não apenas ensina, mas também empodera, instiga e transforma.

As Sócias da Escola e seu Impacto

As Sócias da Escola e seu Impacto

A escola afro-brasileira Maria Felipa é fruto da união de três mulheres notáveis que compartilham um sonho comum: oferecer uma educação emancipatória e de valorização da cultura afro-brasileira. Entre as sócias, está Bárbara Carine, escritora e consultora pedagógica, que iniciou o projeto em 2018, em Salvador (BA), durante o processo de adoção de sua filha, uma criança negra. Ela sempre teve a visão de criar um espaço educacional que resgatasse e valorizasse os conhecimentos ancestrais.

Outra sócia, Maju Passos, empresária e dançarina, se juntou ao projeto em 2020, trazendo sua experiência e paixão pela cultura afro-brasileira. Juntas, elas estabeleceram as bases da escola, que promove uma abordagem inclusiva e diversificada no ensino.

Em 2023, a atriz e empresária Leandra Leal se tornou a terceira sócia da escola, unindo-se a essa causa por acreditar na importância de uma educação afro-referenciada para sua filha, Júlia, e para todas as crianças do Brasil. Leal, com sua visibilidade e influência, traz um impacto significativo para a escola, ajudando a aumentar a conscientização sobre a importância da educação inclusiva e da diversidade nas instituições de ensino.

Juntas, essas mulheres estão moldando o futuro da educação no Brasil, criando um ambiente onde crianças negras e não negras podem aprender sobre suas heranças culturais e históricas, promovendo um entendimento mais profundo e respeitoso das diversas narrativas que compõem a sociedade brasileira.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa

O que é a escola afro-brasileira Maria Felipa?

A escola afro-brasileira Maria Felipa é a primeira instituição educacional infantil registrada pelo MEC, localizada no Rio de Janeiro, que oferece uma educação trilíngue e uma metodologia afro-referenciada.

Quais idiomas são ensinados na escola?

A escola oferece educação trilíngue em português, inglês e libras, preparando os alunos para um mundo diversificado.

Quem foram as sócias da escola?

As sócias da escola são Bárbara Carine, Maju Passos e Leandra Leal, que se uniram para promover uma educação emancipatória e valorização da cultura afro-brasileira.

Qual é a capacidade da escola?

A escola tem capacidade para mais de 300 estudantes nos anos iniciais do ensino fundamental.

A escola é apenas para crianças negras?

Não, a escola é aberta a todas as crianças, pois acredita que tanto crianças negras quanto não negras precisam conhecer a constituição histórica a partir de diferentes narrativas.

Como a escola impacta a educação no Brasil?

A escola promove uma educação que valoriza a diversidade cultural e a inclusão, desafiando narrativas hegemônicas e empoderando as crianças com conhecimento sobre suas heranças culturais.

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Vitoria Mark

Vitória Mark é a principal redatora do portal de notícias Noticiare. Formada em Jornalismo e pós-graduada em Políticas Internacionais, ela possui 32 anos e uma carreira fenomenal dedicada à cobertura de assuntos políticos globais. Com análises profundas e uma escrita envolvente, Vitória destaca-se por trazer aos leitores perspectivas únicas sobre os acontecimentos que moldam o cenário internacional.