Desinformação sobre Autismo Cresceu 15.000% no Telegram

Desinformação sobre Autismo Cresceu 15.000% no Telegram

  • Última modificação do post:6 de abril de 2025
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A desinformação sobre autismo cresceu alarmantes 15.000% nos últimos cinco anos na América Latina e no Caribe, com o Brasil na liderança das teorias conspiratórias.

Um estudo da FGV, em parceria com a Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, analisou mais de 60 milhões de mensagens em grupos do Telegram, revelando um cenário preocupante.

Crescimento da Desinformação sobre Autismo

A desinformação sobre autismo tem se espalhado como um incêndio florestal nos últimos anos, especialmente nas plataformas digitais. Segundo o estudo da FGV, o crescimento foi de impressionantes 15.000% entre 2019 e 2024, refletindo um aumento alarmante na disseminação de teorias conspiratórias e informações erradas.

O Brasil, em particular, destaca-se nesse cenário, liderando o ranking de países com maior circulação de mensagens enganosas sobre o autismo. A pesquisa analisou mais de 60 milhões de mensagens em 1.600 grupos e canais do Telegram, revelando que a desinformação está profundamente enraizada na cultura digital do país.

Os dados mostram que muitos pais e familiares estão sendo bombardeados com informações falsas, o que gera um ambiente de medo e incerteza. Ergon Cugler, coordenador do estudo, alerta que estamos diante de uma “epidemia digital”. As mentiras disfarçadas de orientação estão se tornando uma verdadeira armadilha, explorando o desespero de quem busca ajuda e informações confiáveis.

Esse crescimento da desinformação não é apenas um fenômeno isolado; ele se conecta a uma série de outras questões sociais e de saúde pública. As mensagens monitoradas frequentemente associam o autismo a vacinas, ao uso do 5G, e até a teorias absurdas como a “Nova Ordem Mundial”. Essa interligação entre desinformação e teorias conspiratórias é um fator que agrava ainda mais a situação, dificultando a conscientização e a aceitação do autismo na sociedade.

Principais Falsas Causas e Efeitos

Principais Falsas Causas e Efeitos

No estudo da FGV, foram identificadas mais de 150 falsas causas associadas ao autismo, e algumas delas se destacam por serem amplamente disseminadas nas redes sociais e grupos do Telegram. Entre as mais mencionadas, as vacinas lideram a lista, sendo frequentemente apontadas como culpadas pelo desenvolvimento do transtorno. Essa ideia infundada não apenas gera medo, mas também prejudica a aceitação e o tratamento adequado das pessoas autistas.

Outras falsas causas incluem:

  1. Covid: A pandemia trouxe à tona diversas teorias sobre a relação entre o vírus e o autismo, sem qualquer base científica.
  2. 5G: A tecnologia de quinta geração é erroneamente associada ao aumento de casos de autismo, alimentando o medo da população.
  3. Alumínio e Mercúrio: Substâncias comuns em vacinas e produtos do dia a dia são erroneamente culpadas pelo autismo.
  4. Consumo de alimentos: Alimentos como milho e até mesmo snacks como Doritos são mencionados como causadores de autismo, sem qualquer evidência que sustente essas alegações.

Essas falsas associações não apenas distorcem a compreensão sobre o autismo, mas também têm efeitos prejudiciais na vida de muitas famílias. Ao acreditar nessas mentiras, os pais podem optar por tratamentos inadequados ou até mesmo deixar de vacinar seus filhos, colocando em risco a saúde pública.

Além disso, a propagação dessas informações erradas pode levar a um estigma social em relação às pessoas autistas, dificultando sua inclusão e aceitação na sociedade. Combater essa desinformação é essencial para promover um ambiente mais saudável e acolhedor para todos.

Conclusão

O crescimento alarmante da desinformação sobre autismo é um desafio que não podemos ignorar. As falsas causas e teorias conspiratórias, como as associadas a vacinas e tecnologias modernas, não apenas distorcem a realidade, mas também colocam em risco a saúde e o bem-estar de muitas famílias.

É fundamental que todos nós, como sociedade, nos unamos para combater essa epidemia digital, promovendo informações corretas e baseadas em evidências.

Precisamos trabalhar juntos para desmistificar o autismo e garantir que as pessoas autistas e suas famílias tenham acesso a informações verdadeiras e apoio adequado. Ao fazer isso, não apenas protegemos a saúde pública, mas também contribuímos para um mundo mais inclusivo e acolhedor.

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FAQ – Perguntas frequentes sobre desinformação sobre autismo

Qual é o aumento da desinformação sobre autismo nos últimos anos?

A desinformação sobre autismo cresceu 15.000% nos últimos cinco anos na América Latina e no Caribe.

Quais são as principais falsas causas associadas ao autismo?

As principais falsas causas incluem vacinas, Covid, uso de 5G, alumínio e mercúrio.

Como a desinformação sobre autismo afeta as famílias?

Ela pode levar a decisões prejudiciais, como evitar vacinas e buscar tratamentos inadequados, colocando em risco a saúde das crianças.

O que é a “epidemia digital” mencionada no estudo?

Refere-se ao aumento alarmante de informações falsas circulando nas redes sociais, que enganam e assustam pais e familiares.

Por que é importante combater a desinformação sobre autismo?

Combater a desinformação é essencial para promover um ambiente mais saudável e acolhedor para pessoas autistas e suas famílias.

Como posso ajudar a combater a desinformação sobre autismo?

Compartilhe informações corretas, eduque-se e outros sobre o autismo e incentive a discussão baseada em evidências.

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Vitoria Mark

Vitória Mark é a principal redatora do portal de notícias Noticiare. Formada em Jornalismo e pós-graduada em Políticas Internacionais, ela possui 32 anos e uma carreira fenomenal dedicada à cobertura de assuntos políticos globais. Com análises profundas e uma escrita envolvente, Vitória destaca-se por trazer aos leitores perspectivas únicas sobre os acontecimentos que moldam o cenário internacional.