USP Afastou Professor Acusado de Assédio Sexual em Ribeirão Preto

USP Afastou Professor Acusado de Assédio Sexual em Ribeirão Preto

  • Última modificação do post:9 de março de 2025
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O caso de assédio sexual na USP ganhou destaque após o afastamento de um professor do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. José Maurício Rosolen foi afastado por 180 dias após denúncias de assédio contra alunas, e um processo administrativo disciplinar foi instaurado para investigar as acusações.

Denúncias e Afastamento do Professor

O afastamento do professor José Maurício Rosolen, do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), ocorreu após uma série de denúncias de assédio sexual e moral contra alunas. A universidade confirmou que o docente foi afastado por 180 dias enquanto um processo administrativo disciplinar é conduzido para investigar as alegações.

As denúncias surgiram de relatos de ex-alunas que compartilharam experiências de assédio, que incluíam toques inadequados e convites impróprios, como ir à academia ou viajar juntos. Segundo as alunas, havia um “acordo tácito” entre os estudantes para evitar que mulheres ficassem sozinhas com Rosolen, especialmente no laboratório onde trabalhavam. Este ambiente de medo e insegurança evidencia a gravidade das acusações.

Uma terceira denunciante revelou que uma lista com o nome de 16 mulheres que acusam o professor de assédio foi enviada à comissão responsável pelo processo administrativo. Contudo, até o momento, não há registros de investigações por parte da Polícia Civil, e a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) confirmou que não existem inquéritos abertos contra Rosolen.

Processo Administrativo e Depoimentos das Vítimas

Processo Administrativo e Depoimentos das Vítimas

O processo administrativo instaurado pela USP após as denúncias contra o professor José Maurício Rosolen é um passo crucial para garantir a justiça e a segurança das alunas. A universidade tomou a iniciativa de investigar as alegações de assédio sexual e moral, refletindo um compromisso com a proteção dos estudantes e a promoção de um ambiente acadêmico seguro.

As vítimas que se apresentaram para relatar os incidentes descreveram experiências traumáticas e constrangedoras. Em seus depoimentos, elas mencionaram que, além dos toques inadequados, o professor frequentemente fazia convites que ultrapassavam os limites do profissionalismo, criando um clima de desconforto e medo. Após recusar essas propostas, as alunas relataram que Rosolen mudava seu comportamento, adotando uma postura hostil e fazendo ameaças, como a possibilidade de cortar bolsas de estudo.

O relato de uma terceira denunciante, que também optou por não se identificar, destaca a gravidade da situação. Ela afirmou que a lista com os nomes das 16 mulheres que acusam o professor foi encaminhada à comissão responsável, mas não soube informar quantas delas foram ouvidas durante a investigação. Essa falta de transparência e a necessidade de um ambiente seguro para que as vítimas possam se manifestar são pontos críticos que precisam ser abordados no decorrer do processo.

Conclusão

O caso do professor José Maurício Rosolen e as denúncias de assédio sexual e moral revelam a necessidade urgente de um ambiente acadêmico seguro e respeitoso.

O afastamento do docente e a instauração de um processo administrativo pela USP são medidas importantes para proteger as alunas e investigar as alegações com seriedade.

É fundamental que instituições de ensino adotem políticas claras e eficazes para prevenir e combater o assédio, garantindo que todas as vítimas se sintam seguras para relatar suas experiências.

A luta contra o assédio sexual é uma responsabilidade coletiva, e cada passo dado em direção à justiça é essencial para promover um ambiente de aprendizado saudável.

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FAQ – Perguntas frequentes sobre o caso de assédio na USP

O que motivou o afastamento do professor José Maurício Rosolen?

O afastamento foi motivado por denúncias de assédio sexual e moral contra alunas, que resultaram na instauração de um processo administrativo disciplinar.

Quantas alunas denunciaram o professor?

Até o momento, 16 mulheres foram identificadas como vítimas e seus nomes foram enviados para a comissão responsável pelo processo administrativo.

Quais tipos de assédio foram relatados pelas vítimas?

As vítimas relataram assédio sexual, que incluía toques inadequados e convites impróprios, além de assédio moral, como ameaças de cortar bolsas de estudo.

A USP está tomando medidas para investigar as denúncias?

Sim, a USP instaurou um processo administrativo disciplinar para investigar as alegações e garantir um ambiente seguro para os alunos.

Existem investigações policiais contra o professor Rosolen?

Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que não existem investigações ou boletins de ocorrência registrados contra o professor.

Como as vítimas podem se sentir seguras para denunciar casos de assédio?

É essencial que as instituições criem um ambiente de apoio, onde as vítimas se sintam seguras e confiantes para relatar suas experiências sem medo de retaliações.

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Vitoria Mark

Vitória Mark é a principal redatora do portal de notícias Noticiare. Formada em Jornalismo e pós-graduada em Políticas Internacionais, ela possui 32 anos e uma carreira fenomenal dedicada à cobertura de assuntos políticos globais. Com análises profundas e uma escrita envolvente, Vitória destaca-se por trazer aos leitores perspectivas únicas sobre os acontecimentos que moldam o cenário internacional.