Vacina contra herpes-zóster reduz em 20% o risco de demência

Vacina contra herpes-zóster reduz em 20% o risco de demência

  • Última modificação do post:6 de abril de 2025
  • Tempo de leitura:6 minutos de leitura

A vacina contra herpes-zóster não só protege contra a dor da herpes, mas também pode reduzir o risco de demência em mulheres.

Um estudo britânico revelou que a vacinação pode ser um importante aliado na prevenção de doenças neurodegenerativas, especialmente para o público feminino.

Evidências do Estudo

O estudo britânico publicado na revista Nature analisou dados de dois grupos no País de Gales ao longo de sete anos. Os pesquisadores observaram que a vacinação contra o vírus varicela-zóster (VVZ) não apenas protege contra a herpes-zóster, mas também está associada a uma redução de 20% no risco de desenvolver demência em mulheres.

Martin Korte, neurobiólogo, destacou que esta pesquisa é um dos melhores trabalhos já realizados sobre a ligação entre infecções virais e o risco de demência. A análise sugere que a vacinação em pessoas com mais de 80 anos pode explicar a queda nos diagnósticos de demência, especialmente entre as mulheres imunizadas.

O imunizante utilizado no estudo foi o Zostavax, que contém uma versão ativa e atenuada do vírus. Embora o Zostavax tenha mostrado benefícios, a vacina Shingrix, que não contém o vírus ativo, é atualmente a mais recomendada devido à sua maior eficácia.

Impacto da Vacinação em Mulheres

Impacto da Vacinação em Mulheres

A vacinação contra a herpes-zóster tem um impacto significativo na saúde das mulheres, especialmente quando se considera o risco de demência. O estudo revelou que as mulheres imunizadas apresentaram uma redução de 20% no risco de desenvolver demência em comparação com aquelas que não foram vacinadas.

Isso levanta questões importantes sobre a resposta imunológica das mulheres em relação a infecções virais. Segundo Martin Korte, as mulheres têm uma maior propensão à demência e uma resposta mais intensa a mecanismos autoimunes. Esse fator pode ser crucial para entender por que a vacinação é mais eficaz nesse grupo.

A neuroinflamação, que ocorre quando o sistema imunológico ataca o próprio cérebro, pode ser reduzida pela vacinação, proporcionando uma camada extra de proteção. O estudo sugere que a vacinação não só previne a herpes-zóster, mas também pode ter efeitos benéficos na saúde cerebral das mulheres.

Recomendações para Vacinação

Com base nas evidências apresentadas pelo estudo, as recomendações para a vacinação contra herpes-zóster devem ser revistas. Atualmente, a vacina é indicada para pessoas a partir dos 50 anos, mas a pesquisa sugere que essa faixa etária pode ser ampliada, especialmente para mulheres.

Peter Berlit, da Sociedade Alemã de Neurologia, defende que o impacto da vacinação na prevenção da demência é tão significativo que deveria ser um argumento forte a favor da imunização, além da proteção contra a herpes-zóster. Ele sugere que a vacinação deve ser recomendada para todas as pessoas a partir dos 50 anos, considerando os benefícios adicionais para a saúde cerebral.

A vacina Zostavax, que é administrada em dose única, e a vacina Shingrix, que é aplicada em duas doses, são as opções disponíveis. Ambas têm suas particularidades, sendo que a Shingrix é mais indicada para adultos com sistema imunológico comprometido. No entanto, o custo elevado das vacinas, que pode ultrapassar R$ 1 mil, é uma barreira que precisa ser considerada.

Conclusão

Os estudos recentes sobre a vacinação contra herpes-zóster revelam um potencial significativo não apenas na prevenção da doença, mas também na redução do risco de demência em mulheres.

A evidência de que a vacinação pode diminuir em 20% o risco de demência é um chamado à ação para repensar as diretrizes de imunização.

Com a vacinação atualmente recomendada a partir dos 50 anos, é essencial considerar a ampliação dessa faixa etária, especialmente para as mulheres, que se beneficiariam de forma mais acentuada.

A proteção não se limita apenas ao combate à herpes-zóster, mas também se estende à saúde cerebral, um aspecto que não pode ser ignorado.

A discussão sobre a cobertura da vacinação pelo sistema público de saúde também deve ser prioridade, visto que o custo elevado das vacinas pode ser uma barreira para muitos.

Investir na imunização é investir na saúde a longo prazo, e os benefícios potenciais são claros.

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FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Vacinação contra Herpes-zóster

Qual é a relação entre a vacina contra herpes-zóster e a demência?

Estudos mostram que a vacinação pode reduzir em 20% o risco de demência em mulheres, além de proteger contra a herpes-zóster.

Quem deve se vacinar contra a herpes-zóster?

A vacina é recomendada para todas as pessoas a partir dos 50 anos, especialmente mulheres, devido ao maior risco de demência.

Quais são os tipos de vacinas disponíveis para herpes-zóster?

As vacinas disponíveis são o Zostavax, que é administrada em dose única, e o Shingrix, que é aplicado em duas doses.

A vacinação contra herpes-zóster é coberta pelo SUS?

Atualmente, a vacinação contra herpes-zóster não é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível apenas na rede privada.

Qual é o custo das vacinas contra herpes-zóster?

O custo das vacinas pode ultrapassar R$ 1 mil, o que pode ser uma barreira para muitas pessoas.

Por que a vacina é mais eficaz em mulheres do que em homens?

As mulheres apresentam uma resposta imunológica mais intensa e maior propensão à demência, o que pode explicar a eficácia da vacina nesse grupo.

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Vitoria Mark

Vitória Mark é a principal redatora do portal de notícias Noticiare. Formada em Jornalismo e pós-graduada em Políticas Internacionais, ela possui 32 anos e uma carreira fenomenal dedicada à cobertura de assuntos políticos globais. Com análises profundas e uma escrita envolvente, Vitória destaca-se por trazer aos leitores perspectivas únicas sobre os acontecimentos que moldam o cenário internacional.